Corte no orçamento do Minha Casa, Minha Vida não irá prejudicar os ativos do setor imobiliário. Como falamos no post de quarta feira, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou no começo da semana um corte de R$ 5,1 bilhões no programa do Governo Federal que auxilia as pessoas de baixa renda a investir na casa própria.
O ajuste do valor, pequeno “erro de cálculo” como disse a ministra, felizmente não irá afetar os mercados de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) - títulos lastreados em créditos imobiliários que são garantidos por imóveis e apresentam promessa de pagamento em dinheiro - e outros ativos imobiliários.
Segundo especialistas, isso se deve à agilidade do mercado atual, com uma velocidade de emissões pouco vista antes. Dados divulgados pela Comissão de Valores Mobiliários mostram que, desde o ano passado, houve um crescimento de aproximadamente 75% em relação ao ano anterior.
Outro motivo para esse otimismo é a demanda dos investidores, fundamental para o crescimento deste mercado. Até investidores estrangeiros estão demonstrando grande interesse pelos CRIs, já que eles não pagam Imposto de Renda sobre a operação, o que para eles consiste em um negócio bem vantajoso.
Outras fontes de financiamento para o crédito imobiliário importantes são ativos como Cédula de Crédito Imobiliário (CCI), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), os quais, juntamente com o CRI, registraram um volume de R$ 58,8 bilhões na Cetip - que possui 96% do mercado de registro desses papéis - este ano. Esses ativos, juntos, acumularam um crescimento de cerca de 40%, de 2009 para 2010.
No que se refere ao corte no programa Minha Casa, Minha Vida, ele não foi questionado pela maioria dos agentes de mercado. Isso porque o mercado de títulos está apresentando cada vez mais segurança no lastro, o que atrai investidores.
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