Antes de adquirir um imóvel é preciso analisar. Isso porque muitos se sentem atraídos por pequenas coisas, que parecem grandes na hora da compra, e acabam se precipitando e fazendo um mau negócio.
Para não tomar decisões impulsivas, que irão estourar seu orçamento e te decepcionar num futuro não muito distante, é preciso realizar uma compra consciente. Isso porque, dentro da realidade da economia nacional, na média, o brasileiro consegue comprar apenas dois imóveis no decorrer da vida.
Desta forma, só se deve assinar o contrato baseado no máximo de informações possível, com a ideia digerida e amadurecida e após muito raciocinar e ponderar os prós e contras e sobre a real necessidade de adquiri-lo.
Uma moda para conseguir captar a atenção do potencial comprador é apelar para o emocional, o orgulho do cliente. Para isso, a estratégia é renomear espaços já conhecidos com termos estrangeiros.
Quem quer saber de salão de festas, sala de ginástica e piscina se podem ter “fitness center", "gourmet lounge", além das novidades "child care" e "pet care", espécie de espaço para crianças e animais de estimação.
Desta forma, usando expressões em inglês, pensam estar valorizando o imóvel, e o cliente mais ingênuo, ou até mais empolgado, pode acabar conquistado. Mas o pior é quando, para driblar o concorrente, algumas empresas criam expressões idiomáticas inexistentes na língua inglesa.
Um edifício residencial na zona oeste de São Paulo vende "style homes" como apartamentos. A zona de lazer é "top": conta com "dance hall" (o pacato salão de festas), "smart control, stand alone" (controle remoto para luz e ar-condicionado) e "personal line" (decorador).
Outro empreendimento também na zona oeste paulistana, troca o ultrapassado termo apartamento por "living space". Além da inovadora "wash lounge" (lavanderia), possui também "garage band", um estúdio para os músicos do lugar ensaiarem.
O público alvo desses empreendimentos são os jovens, segundo pesquisas da Urban Systems, brasileiros com menos de 35 anos que mais financiam a compra de imóveis. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 56,9% dos contratos são assinados por eles.
Este público apresenta grande afinidade com as tecnologias, e com isso, possuem facilidade para encontrar as informações necessárias. As empresas precisam perceber que é mais vantajoso ser transparente, que dados concretos valorizam o imóvel e não o modismo de estrangeirismos.
Isso é essencial para deixar o mercado imobiliário mais racional e favorecer tanto as empresas, como os clientes.