Um dos fatores que mais colaborou para o aquecimento do mercado imobiliário foi a crescente participação da classe média, afirma especialistas do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Cada vez mais os empresários podem perceber o fluxo de famílias da nova classe média procurando o primeiro imóvel, interesse que no ano passado se tornou negócio.
Em 2010, 48,6% dos lançamentos residenciais na cidade de São Paulo foram de imóveis de dois dormitórios, voltados para compradores da classe média e para o público do Programa Minha Casa, Minha Vida, revela dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).
Entre janeiro e novembro do ano passado, foram vendidas mais de 31 mil residências novas na capital paulista, das quais 7 em cada 10 possuíam dois ou três dormitórios, com tamanho de 46 a 130m². Isso significa que essa emergente classe média foi a maior responsável pelo impulso do mercado imobiliário do país.
O maior motor para as vendas consiste nesse mercado de imóveis populares, impulsionado pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, cuja oportunidade incentivou a classe média voltar a consumir e comprar a casa própria, já que haviam ficado por muitos anos afastados devido à falta de crédito e de produtos adequados.
O crescimento elevado do PIB, de 7,5% a 8%; a baixa taxa de desemprego, 5,3% em dezembro passado (menor desde 2002); e a criação de 2,5 milhões de empregos formais em 2010, também colaboraram para a alavancagem da classe média.
Outros fatores que marcaram 2010, e devem continuar se refletindo neste ano foram a política de escoamento de estoque das empresas incorporadoras, a valorização dos preços das unidades habitacionais novas e usadas, e a falta de mão de obra qualificada.
Por isso, é preciso que o setor imobiliário e de construção procurem meios para suprir a falta de mão de obra nos canteiros. Segundo o Secovi, para isso, as empresas terão de investir em treinamento e implantar novas tecnologias construtivas.
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