quinta-feira, 24 de março de 2011

Quartéis do Rio serão reconstruídos

Medida irá liberar terrenos valorizados para construção



A valorização do mercado imobiliário do Rio de Janeiro está inspirando até o governo a negociar imóveis. Aproveitando esta alta, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro pretende vender os terrenos da Polícia Militar para reconstruir os quartéis.

O projeto é do secretário José Mariano Beltrame, ele pretende dar uma renovada no espaço ocupado pelos PM’s já que, segundo o político, os quartéis ocupam muito mais espaço do que precisam com grandes áreas de piscinas e pátios imensos e exigem um dispêndio de manutenção. Além de serem muito antigos – o da Tijuca é da década de 20.

O plano é vender parte dos terrenos ocupados pelos batalhões da Polícia Militar – 40 hoje, na região metropolitana do Rio - para financiar a reconstrução das instituições, fazendo com que o Rio ganhe mais lugares para construção em áreas valorizadas: Centro e bairros da Zona Sul, como Copacabana e Botafogo.

A intenção de José Mariano Beltrame é construir instalações mais modernas, que possam abrigar toda a tecnologia exigida nos dias atuais pela segurança, garantindo uma melhor infraestrutura para os policiais.

A mudança também trará benefícios ao atendimento da população, já que irá reduzir a porcentagem de 20% de policiais que trabalham dentro dos quartéis, alocando-os nas ruas.

Os quartéis da Zona Norte, na Tijuca, próximo ao Maracanã - região estratégica para a Copa de 2014 - e no Centro, entre os Arcos da Lapa e o Teatro Municipal serão os primeiros a sofrerem alteração. Calcula-se que cada um terá o investimento de cerca de 22 milhões de reais.

O Batalhão- Padrão, como foi denominado o projeto da Tijuca, irá destruir totalmente os prédios antigos para a construção de novos edifícios modernos, que contarão com praça de alimentação, espaço para instalação de bancos e outros serviços, que serão explorados pela iniciativa privada. A pretensão é que os aluguéis cubram a manutenção.

O batalhão ainda contará com um sistema de telefonia moderno para se conectar diretamente com o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança, fazendo com que as ocorrências sejam passadas on-line, o que irá agilizar a análise dos dados.

O projeto para o Quartel General da PN no Centro, é um pouco diferente. Já que o terreno é muito grande, parte dele será vendido para a iniciativa privada – uma das interessadas diga-se de passagem é a Petrobrás - construir um prédio próprio e, se for viável, em parceria, o da polícia.

O batalhão da Praça Tiradentes também poderá ser reconstruído, isso porque é tão velho que uma reforma ficaria menos em conta. Como os terrenos são grandes e estão nas melhores áreas, o ideal seria a construção na parte menos valorizada para aproveitar as áreas que podem trazer um maior lucro.

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