quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Moradia para universitários - parte VI

Vale a pena morar em pensionato?



Para quem passou no vestibular e vai estudar longe mas não sabe para onde ir, uma opção barata é a pensão. Isso se você não se incomodar em dividir o espaço com mais um monte de gente que nem conhece.

O pensionato geralmente é uma casa, com dimensões consideráveis, pela qual passam estudantes ao longo do tempo para estadia temporária, gerenciada por alguém mais velho. Ou seja, a maioria dos estudantes começa em pensão e depois de conhecer os colegas de faculdade se junta com eles e forma uma república, ou opta por morar sozinho.

Esse foi o caso da estudante do quarto ano de pedagogia, Laís Milanez, 22 anos, que em 2008 passou no vestibular da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Marília – ela, que é de Itatiba (São Paulo), logo que soube do resultado, procurou uma conhecida que também fazia faculdade em Marília e, conversando com ela, descobriu a pensão de dona Maria. No dia da inscrição foi conhecer o local com os pais, e como agradou a todos, decidiu-se que ela moraria lá, onde já habitavam 20 pessoas.

O pensionato que Laís escolheu era misto, ou seja, homens e mulheres dividiam a casa –mas viviam em quartos separados. Laís dividiu o quarto por um ano com outra universitária, fez muitos amigos na pensão e também aprendeu a lidar com a personalidade de cada um.

Porém, teve que enfrentar alguns problemas, como a falta de privacidade, a má alimentação, brigas entre os pensionistas e a obrigação de obedecer algumas regras que não estava acostumada. Isso resultou na saída de Laís, que queria um lugar só dela, onde pudesse ter mais privacidade. “Mas no fim vale a pena morar numa pensão para adquirir experiência, entender que existem pessoas totalmente diferentes de você e que você precisa aceitar essas diferenças e aprender a conviver com elas”, ressalta a estudante de pedagogia.

A Engenheira de Computação, Andrea Bucci, de 25 anos, também escolheu um pensionato quando passou no vestibular para 2003 na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e afirma que esse tipo de moradia é boa para quem está chegando à universidade. “Porém, ninguém aguenta este tipo de moradia por muito tempo”, admite Andrea. Isso porque o estudante também precisa seguir muitas regras. “A grande desvantagem dos pensionatos é a falta de liberdade e privacidade: na maioria deles, você não pode levar amigos nem mesmo para estudar; e alguns possuem horário de recolher, impedindo que o morador volte muito tarde para casa.”, explica a Engenheira de Computação.

O bom, é que o estudante vai adquirindo responsabilidade, por morar longe dos pais, mas não fica totalmente independente ainda. Pois o ambiente conta com um administrador, o que traz menos preocupações para o aluno - porque ele não precisará tomar conta da casa-  e também para seus pais -  já que o filho estará em um ambiente sossegado para estudos, limpo, sem festas ou bagunça.

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