quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mercado Imobiliário Brasileiro - Segmento residencial segue com maior demanda

 

Já vimos essa semana aqui no blog as previsões do Comitê de Mercado do Núcleo de Real Estate da Poli-USP para os shopping centers e edifícios corporativos de alto padrão. Agora só faltou falar sobre as expectativas dos especialistas para o mercado residencial em 2011.

Seguindo a mesma linha dos outros segmentos, este também segue positivamente, com uma demanda maior que a do ano passado, principalmente nos setores de média e baixa renda da população.

As empresas de Real Estate, segundo o comitê da USP, irão se concentrar no atendimento do crescimento orgânico dos atuais mercados, bem como do "Minha Casa, Minha Vida", programa do Governo Federal em parceria com os estados e municípios que visa a produção de uidades habitacionais para serem vendidas sem arrendamento prévio às famílias que possuem renda familiar mensal até R$1.395,00.

A estratégia das empresas do setor para a atuação em regiões diversas das matrizes com maior intensidade, segundo o comitê, se resume principalmente a estabelecer parcerias e joint-ventures - associações de empresas para exploração de algum negócio, com fins lucrativos. Com exceção dos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a tendência é que a instalação de unidades operacionais próprias fora dos escritórios centrais seja abandonada.

Já no que concerne à captação de recursos para que sejam feitos os investimentos, os pesquisadores do NRE e os profissionais de destaque do setor que formam o comitê acreditam que as empresas vão preferir se endividar a recorrer à captação no mercado de capitais. Há novos recursos financeiros mais concentrados em grandes empresas e menos dispersos entre empresas médias.

Os membros do comitê afirmam ainda que não há preocupação referente à disponibilidade de crédito imobiliário em volume suficiente para atendimento da produção e comercialização de imóveis residenciais, usando os mecanismos do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), com uma crescente influência das operações estruturadas, em volume relativo ainda pequeno.

No entanto, eles se preocupam com a mão de obra para construção, já que um baixo número de profissionais qualificados pode aumentar os gastos e fazer com que suba o nível do risco dos investidores.

O relatório ainda atenta para o fato de que as empresas brasileiras planejam suas estratégias de atuação sem o apoio de indicadores adequados e confiáveis sobre a demanda habitacional nas diferentes regiões do País e nos diferentes segmentos do mercado.

Essa falta de informação pode resultar em desequilíbrios entre oferta e demanda. A situação é a mesma no que se refere a informações sobre velocidade de vendas, as quais são obtidas apenas em alguns mercados a partir de indicadores que retratam a relação entre venda e oferta, mas não a intensidade desta, o que pode levar a decisões inadequadas.


 

Sites Consultados:
Site do Núcleo de Real Estate ( http://www.realestate.br/homesite/default.asp )
Site Fórum Imobiliário ( http://www.forumimobiliario.com.br/ )

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