sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Moradia para universitários – parte I

“Passei na facul, e agora?"

Você se formou no Ensino Médio, prestou vestibular e conseguiu entrar na faculdade que queria. É uma nova etapa da vida, um novo começo, mas, aonde?

A sensação de passar no vestibular é um misto de alívio e satisfação, porém, após comemorar, as preocupações ressurgem: o local para morar. Ficar longe do apoio dos pais pode ser difícil para alguns, mas necessário devido à distância entre a cidade natal e o campus da faculdade. Já outros, mesmo com a futura universidade na cidade ao lado, não vêem a hora de se mudar.

Cada um tem possibilidades de escolha diferentes, com suas vantagens e desvantagens: morar em república, kitnet, apê, sozinho, com os amigos, com pessoas que nunca viu na vida, até mesmo ficar no conforto de casa tem seus prós e contras.

Veja a seguir a opinião de estudantes que já passaram por essas experiências para ajudar na sua escolha ou na de seu filho, amigo...

O assunto é tão extenso, que decidimos dividí-lo em capítulos, por isso, falaremos de um lugar diferente nos próximos posts, para você ter bases mais consistentes na hora de fazer sua escolha. O escolhido de hoje é geralmente a primeira opção de muitos calouros, que por não conhecerem outras pessoas ainda, preferem ir morar sozinhos nas Kit Nets.

KitNet

São apartamentos de apenas um cômodo, com apenas uma cozinha e banheiros de pequenas dimensões. O tamanho já pode consistir em um dos problemas para algumas pessoas. A jornalista Diana Siqueleiro, que se formou ano passado na Puc-Campinas, morou durante todo o primeiro ano em uma Kit Net.

No início, ela gostou da individualidade que morar sozinha proporcionava, porém começou a se incomodar com a solidão que ás vezes batia. “Ainda que os vizinhos de kit sejam super legais, se tornem uma família, essa coisa de um cômodo só causa um tédio que se você não o contorna fica fácil de se deprimir.” , admite Diana.

Já os vizinhos consistiam no principal problema de Tássia, também formada em jornalismo ano passado. Durante os quatro anos ela viveu em Kit Net, mas não na mesma. Em seu primeiro ano de faculdade, após ter sofrido um assalto em que os ladrões levaram tudo do quarto, resolveu mudar para um lugar com mais segurança.

Porém, foi aí que começou a ter problemas com os vizinhos, que aproveitavam o fato de não haver zelador para abusar das festas. A gota d’água, segundo Tássia, foi quando ela teve que abrir o portão às 4h da madrugada para alguns meninos que tinham ido a uma festa mas não levaram chave. “Não bastasse o absurdo de me acordarem àquela hora, ainda resolveram se divertir um pouco: foram até a porta do meu quarto e começaram a dar socos e chutes, até que eu, apavorada, comecei a gritar por socorro lá de dentro.”, conta a jornalista.

Ela só teve sossego quando se mudou pela terceira vez e passou a dividir um quarto mais caro com uma amiga, que apesar de bagunceira, era “gente boa”. Porém em seu último ano ela teve que se mudar e Tássia recorreu ao orkut para procurar uma nova companheira de quarto. Essas ferramentas de relacionamento online podem ser muito úteis na hora de procurar um lugar ou alguém para dividir um quarto. Deve-se atentar para o perfil da pessoa, se é compatível com o seu estilo de vida, pois se você for uma pessoa mais calma, pode ser difícil conviver com alguém festeiro.

Mas quando a convivência dá certo, você pode encontrar ali uma amizade para a vida toda. Assim como Tássia, que se deu tão bem como sua nova companheira, uma estudante de Publicidade e Propaganda, que teve uma despedida dramática ao final de sua graduação. “Vou sentir muita falta de todas as experiências que eu tive nesses três lugares - mesmo no primeiro, porque apesar de ter perdido meus bens materiais, ganhei meus melhores amigos”, conclui a recém formada.

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