sexta-feira, 8 de abril de 2011

A vez dos loteamentos


Os centros urbanos estão saturados, principalmente para as grandes empreiteiras que intentam construir grandes complexos habitacionais. A saída: verticalização? Talvez, mas o que está chamando atenção dos investidores no ramo, hoje, são os loteamentos.
Como a escassez de terrenos nos grandes centros urbanos tem cada vez mais encarecido o metro quadrado da área construída para verticalização, a urbanização de áreas periféricas ganha força, desta forma os loteamentos estão sendo apontados como a nova fronteira para grupos do setor de construção.
Depois de duas décadas de estagnação, o mercado imobiliário enfim conseguiu recuperar sua demanda e com isso, as empresas começam a buscar recursos nesse setor. Assim, a abertura de capital de empresas do setor para o mercado de loteamentos é apenas uma questão de tempo.
Daí é que entram as companhias, antes vistas com receio pelo mercado, mas cuja imagem começou a mudar depois da aquisição da Alphaville pela Gafisa, em 2006. Em seguida, no ano posterior, a gigante americana Carlyle anunciou o primeiro investimento no Brasil com a compra de uma participação na Scopel. No final de 2010, houve a aquisição da Cipasa pela gestora de private equity Prosperitas, consistindo no último grande ato no setor.
Outro fator que auxiliou a driblar a desconfiança do mercado no setor foi, juntamente com os investimentos, uma maior profissionalização dos contratos realizados pelas empresas.
Isso porque as procurações tradicionais concedidas pelos proprietários dos lotes, além de serem juridicamente frágeis, têm dado lugar a acordos de acionistas feitos por meio de sociedades de propósito especifico (SPE). O que fez com que as empresas com as SPEs ganhassem um "corpo contábil" e se tornassem mais atrativas para o mercado.
As empresas de loteamento também possuem vantagens sobre as incorporadoras, já que enquanto essas estão restritas ao limite das cidades, aquelas aumentam de acordo com a necessidade de expansão do centro urbano.
A aprovação dos projetos de loteamento segue regras específicas de diversos órgãos, diferente das incorporadoras tradicionais que trabalham apenas com as prefeituras, com base em um procedimento relativamente comum. Apesar de contar com essa grande barreira de entrada, isso contribui para diminuir a concorrência.

Fonte: Urban Systems (www.urbansystems.com)


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