Certos “luxos” disponíveis anteriormente somente para as classes A e B entram no desenvolvimento de projetos integrantes do Minha Casa, Minha Vida, programa de auxílio à habitação do governo Federal.
As construtoras estão cada vez mais acrescentando diferenciais que antes não faziam parte da realidade dos empreendimentos populares, isso para tentar atrair a nova classe média, principal impulsionadora da recente demanda por imóveis residenciais no país.
Um exemplo: piscina, campo de futebol e quadras esportivas, nos projetos mais simples; já nos mais sofisticados, até salas para garage band, home cinema e academia. No entanto, a maior aposta - que está cada vez mais ganhando espaço nesse tipo de empreendimento voltado para as classes médias - é o apartamento dúplex.
Esse promissor sucesso de vendas se deve ao fato do público alvo estar mais exigente: agora que alcançou melhores condições, busca por qualidade de vida e segurança. Até agora para se enquadrar no programa Minha Casa, Minha Vida o tamanho do imóvel muitas vezes era insuficiente, já uma cobertura duplex tem mais espaço.
Mesmo quando o projeto não se refira a uma cobertura, as construtoras estão buscando incrementar cada vez mais seus trabalhos com opcionais diferentes de acordo com a região: no litoral, no Nordeste e em outras áreas de clima mais quente, a piscina se tornou indispensável.
Da mesma forma em São Paulo e Minas Gerais os projetos contam com outros atrativos: salas de música, academia e espaço gourmet. Desta forma os moradores evitam se deslocar até o centro das grandes cidades em que ficariam estressadas e perderiam muito tempo com o trânsito.
Esses espaços voltados para o lazer viraram a aposta das construtoras e imobiliárias por serem um diferencial de peso na escolha do imóvel. Essa inclusão de projetos mais sofisticados ao Minha Casa, Minha Vida se deve a elevação do teto de enquadramento, que aconteceu em fevereiro deste ano.
Para os imóveis das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal o teto passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil. Nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes, o valor passou de R$ 130 mil para R$ 150 mil.
O teto ainda foi de R$ 100 mil para R$ 130 mil nos municípios que têm entre 250 mil e 1 milhão de habitantes. Já nos com população entre 50 mil e 250 mil, o valor passou de R$ 80 mil para R$ 100 mil.
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