A diferença de 0,07 pontos percentuais de abril para maio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) é explicada, segundo o IBGE, pelos grupos alimentação e bebidas - que passou dos 0,79% para 0,54%, e transporte, que, de 1,45%, foi para 0,93%. No entanto, de acordo com o índice do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, as despesas referentes à habitação tiveram alta neste mês de maio.
O IPCA-15 deste mês apresentou uma variação um pouco abaixo da registrada em abril (0,77%), 0,70%, cujo valor acumulado é de 3,86 %, maior que os 3,16% do mesmo período de 2010 - em maio do ano passado a variação da taxa foi de 0,63%. Ainda segundo dados do IBGE, nos últimos 12 meses o índice ficou em 6,51%, pouco maior que os 12 meses anteriores, 6,44%.
O índice divulgado na última sexta-feira, dia 20, pelo IBGE, fecha no dia 15 de cada mês e serve de prévia para o IPCA, indicador oficial de inflação e referência para o regime de metas do governo. Os resultados mostram que os gastos com aluguel residencial, condomínio e água e esgoto, estão entre os principais fatores que impactaram os preços dos itens do grupo habitação, que passaram de 0,72% em abril para 0,93% em maio.
As despesas de aluguel aumentaram de 0,76% em abril para 0,95% em maio, avanço que também aparece nas despesas de energia elétrica - que tiveram uma alta de 1,14%, valor elevado após os 0,59% de abril - e nas contas de água e esgoto - que já haviam aumentado em abril, com uma variação de 1,06% e agora subiram para 1,64% em maio.
Outras despesas ligadas à habitação, como condomínio e salários de empregado doméstico, também apresentaram alta - de 0,99% em abril para 1,01% neste mês e de 0,54% no mês anterior para 1,14% em maio, respectivamente.
As maiores taxas de elevação dos preços de aluguel em maio se deram em Recife (1,41%,), Goiás (1,33%) e Salvador (1,20%,). Já Fortaleza e Belém apresentaram queda, de 0,41% e 0,08%, respectivamente. Os avanços acumulados acumulado dos cinco primeiros meses do ano, os destaques, ocorreram em Goiás (6,80%,), Belo Horizonte (6,49%) e Rio de Janeiro (6,03%).
As despesas com água e esgoto, também referentes ao acumulado desde janeiro, sofreram forte alta em Curitiba (15,97%), Distrito Federal (7,16%) e Belo Horizonte (7,06%). Por outro lado, Curitiba, no Distrito Federal e Porto Alegre, apresentaram os mais significativos aumentos em despesas de condomínio, com avanços de 7,09%, 4,59% e 4,45%, cada.
Para obter os resultados do IPCA- 15, o IBGE coletou os preços entre os dias 13 de abril a 13 de maio e comparou-os com aqueles vigentes de 16 de março a 12 de abril de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.